Entrevista com Ricardo Tagliaferro
de Pindamonhangaba, SP
Quando você começou a escrever? Escrevo desde 2009, quando iniciei um projeto chamado Dois sorrisos e meia palavra, até hoje inacabado, mas com a intenção de mostrar mesmo meus textos ao mundo, desde abril de 2014.
De onde tira inspiração? De tudo! Aproveito quase tudo ao meu redor para escrever, desde um pássaro pousando em uma árvore próxima que me inspira uma poesia, um casal briguento caminhando na rua que inspira uma crônica, até uma história de amor que deu errado e que me inspira um romance.
Conte um pouco aos nossos leitores sobre seus livros: 100 cartas de uma saudade conta a história de Lincoln e Manoella e de como o amor pode ser perigoso no âmbito emocional. Lincoln escreve cartas para sua amada mostrando seus dias longe dela e nos fazendo refletir sobre os rumos que o amor dá para a vida das pessoas.
18 anos de solidão é, na verdade, o outro lado da história. Esse amor contado através das palavras de Manoella e nos traz essa continuação da reflexão apresentada anteriormente, mas agora vendo o outro lado da moeda. Ambos tratam de temas como depressão, suicídio e abandono, mas não da forma como termina, e sim como começa.
Já o Depois das 11 é uma coletânea de poesias feita em parceria com dois amigos e foi uma coroação a parceria frutífera e duradoura que estabelecemos entre nós. Foi um livro de tiragem única e que se encontra esgotado, mas seu conteúdo pode ser lido na íntegra na página no facebook (clique aqui)
Publicou livro físico ou online? Qual a vantagem e desvantagem da forma que escolheu? Publiquei nos dois formatos e ambos têm vantagens e desvantagens, mas uma desvantagem que acho marcante no método digital é a carência do contato material com a história, o fato de não poder apertá-la contra o peito e cheirar suas páginas é 211fator decisivo para muitos leitores.
O que faz parte do seu processo criativo? Como você escreve? Tenho um processo para cada tipo de texto. Para escrever poesia, basta existir. Tudo que vejo e que me causa inspiração, vomito no papel para quer fique registrado. Já para escrever romances, coloco uma música que me acalme naquele momento (o gênero vai de música clássica a MPB passando por rock, jazz, new age e até hip hop) e abro uma garrafa de vinho. Esses são meus companheiros fiéis na escrita. Outra coisa: nunca escrevo de dia, posso até rascunhar e salvar em algum lugar para não esquecer, mas escrever mesmo, só de madrugada.
O que foi o “pontapé” inicial para começar seu primeiro livro? Ver uma pessoa se fechando em uma depressão profunda com a ameaça iminente de um suicídio visando o esquecimento. Isso me tocou e me instigou a escrever uma história que impedisse, não a pessoa, pois nunca mais soube dela visto que a conheci num grupo de uma rede social, e sim outras tantas que se encontram na mesma situação de se perderem pelos mesmos caminhos.
Tem alguma dica para escritores iniciantes? Sim, algumas. Autor iniciante tem a síndrome de best seller, eu sei, também já tive, então a dica que vou dar é: seja humilde, provavelmente sua primeira obra não será um sucesso, nem a segunda, nem a terceira e isso é extremamente normal, não se martirize com isso. Outra dica é: haja como um escritor que as editoras grandes queiram contratar. Muitos autores iniciantes se envolvem em polêmicas desnecessárias, acham que outros autores são concorrentes, ou pior ainda, inimigos e isso, apesar de um modo de ser visto, é um péssimo comportamento e fator decisivo na hora de ser escolhido para uma grande editora. E por último, mas não menos importante: ESTUDE! Ser escritor não é só um título, é uma profissão e toda profissão precisa de aperfeiçoamento. Você pode escrever incrivelmente bem, mas se não estudar, apresentará sempre o mais do mesmo e todos nós sabemos o que acontece com quem não inova.
Quais são os seus projetos para o futuro? No momento, tenho um novo romance intitulado O poeta e o guarda-chuva em revisão, logo ele entrará em preparação para a produção editorial e em breve, espero lançá-lo ao mundo. Neste mês, junto com Lorena Nery Borges iniciei um projeto de crônicas chamado “A dois” que já está sendo produzido e em breve também estará disponível. Em fevereiro teremos o lançamento do Depois das 11 – Vol. 2, o último do qual faço parte, pois em novembro desse ano decidi me ausentar do projeto e seguir outros caminhos. Atualmente estou escrevendo um romance histórico ainda sem título e sem previsão de término, visto que exige bastante estudo e cuidado. Também tenho dois livros de poesia prontos aguardando lançamento, mas não é algo que estou me apressando para fazer. Por enquanto, é só.
O que pensa sobre o incentivo à
cultura no Brasil? Acho que cada um tem seu espaço, uns tens espaços maiores que outros,
mas não significa que devemos nos acomodar. Infelizmente a cultura nacional vem
sofrendo uma precarização programada, o que pode passar a ideia de que estamos
nos perdendo, mas, na verdade, o que é bom nunca vai acabar. É só nós mesmos
sermos os incentivadores daquilo que gostamos e aquilo se tornará grande. Pode
demorar? Pode, mas se cada um fizer sua parte, garanto que despercebido não vai
passar.
Como fazer as pessoas lerem mais? Não podemos obrigar o outro a ler, mas podemos mostrar como isso é
mágico e assim, trazer a pessoa para o nosso lado fazendo com que ela tenha
prazer no que está fazendo. O único modo de fazer as pessoas lerem mais é
apoiando principalmente quem escreve, pois assim, teremos infinitamente mais
mundo para explorarmos e com certeza haverá um que se encaixe no desejo
subconsciente de cada ser humano.
Contatos/links do escritor:
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