domingo, 26 de novembro de 2017

Leitores!!! Com vocês, Charles End!



Quando você começou a escrever?
Comecei em fevereiro de 2017. A ideia, pelo menos, um primeiro esboço da ideia para o meu primeiro livro, me veio à mente em setembro de 2016, quando estava passando uma semana em Vitória-ES. Mas, comecei a escrevê-lo mesmo, só em 2017, pois faltavam algumas inspirações iniciais, que obtive apenas no início deste ano. O processo todo entre começar a escrever, procurar uma editora, fechar contrato, formatar o livro, registrá-lo, impressão na gráfica e envio para mim, foi tudo muito rápido. Em setembro de 2017, eu já estava com o meu primeiro livro em mãos. E com enorme frio na barriga: e agora, o que fazer?

De onde tira inspiração?
Leituras. Muitas leituras. Procuro ler grandes clássicos para me inspirar. Demorei muito para adquirir o hábito da leitura. Até 2014, tinha uma vida muito corrida e nunca sobrava tempo para ler e quando lia alguma coisa era sempre leitura técnica, que também é boa para a nossa formação, mas de certa forma, não é prazerosa. Ler, de forma assídua, com prazer na leitura, foi apenas entre o final de 2015 e o início de 2016. E um dos primeiros livros que eu li, para começar com o pé direito, foi justamente  o aclamado A Divina Comédia, de Dante Alighieri, com os seus três volumes: Inferno (o melhor deles), Purgatório e Paraíso. Era a prova dos nove. Começar justamente por um livro tão complexo e criar amor pela leitura foi maravilhoso. Atualmente, leio religiosamente de segunda a quinta-feira. Nos finais de semana, me dedico aos meus outros hobbies, principalmente ouvir música.

Conte um pouco sobre seu livro:
Até o presente momento, tenho publicado A Terceira r-Evolução Volume I: O Fim. É um livro de ficção apocalíptica. Ele trata da III Guerra Mundial e da quase extinção da vida no Planeta Terra. É um livro para provocar muitas reflexões nos leitores. Nos meses que escrevi este livro, estava muito influenciado por A Origem das Espécies, de Charles Darwin (daí o nome do meu alter ego Charles End); Demian de Hermann Hesse; Sidarta de Hermann Hesse; 1984 de George Orwell e O Lobo da Estepe de Hermann Hesse. 
Além dos livros como fonte de inspiração, também busco nas bandas de rock e nas músicas que fazem parte da minha vida, inspiração adicional. No meu livro, inclusive,  trago estes dois universos (literatura e música), que para muitas pessoas, são universos distintos, para compor uma mesma obra. Em minha opinião a literatura inspira a música e vice-versa. 
Para os fãs de rock, principalmente da década de 1980, irão identificar muitas citações musicais ao longo do meu livro. Atualmente já estou escrevendo o meu segundo livro, que será de crônicas e no campo da filosofia. Pretendo na primeira metade de 2018 publicá-lo. Aguardem.

O que faz parte do seu processo criativo? Como você escreve?
Não escrevo todos os dias, mas a minha cabeça não pára. Ao ler, ouvir música, ver televisão, tomar um bom banho quente (como isso estimula o nosso cérebro positivo), já vou formulando o enredo, as ideias, as frases e os capítulos. Quando sento para escrever, tudo fui muito facilmente, ou com pouca dificuldade. Para o meu segundo livro, o processo de criação foi um pouco diferente. Como são pequenas histórias, quando vinha a inspiração, eu parava tudo que estava fazendo, pegava logo o meu caderninho e escrevia. Agora, está sendo um processo de passar a limpo para o computador. Mas para o meu primeiro livro, eu formulava mentalmente as ideias, trabalhava bastante nelas ao longo dos dias e uma ou duas vezes por semana, me dedicava a escrevê-las no computador.

O que foi o pontapé inicial para começar seu primeiro livro?
Ler outros livros. Mas a grande inspiração mesmo foi em uma sexta-feira à tarde, em fevereiro de 2017, quando já estava iniciando o "meu ritual das sextas-feiras": ouvir música, tomar umas cervejas e às vezes acompanhado por um bom charuto. Em uma sexta-feira destas, me veio à mente, justamente o que eu precisava: o nome do meu alter ego (Charles End) e o nome do livro: A Terceira r-Evolução Volume I: O Fim. 
Fiquei repetindo várias vezes estes nomes, vi que soavam bem e que combinavam entre si. Entrei em casa, feliz da vida, falando para a minha esposa, para a minha sogra e para uma amiga nossa que nos visitava. Quando estou mais relaxado, que era justamente o que eu fazia nesta tarde, as inspirações surgem, sem dúvida.
Sou infinitamente mais criativo nos finais de semana. Por isso faço essa distinção: Finais de semana para relaxar e durante a semana, produção.


Tem alguma dicas para escritores iniciantes?
No Brasil infelizmente publicar um livro não é fácil. Tem alguns caminhos a seguir: Submetê-lo às grandes editoras (que é quase como ganhar na loteria, pois elas recebem centenas de livros para analisar todos os dias); Participar de concursos literários (que são poucos e muito concorridos); fazer tudo por conta própria e procurar por conta própria; registrar o livro, edição, correção, impressão e comercialização do mesmo; ou contratar uma pequena editora (uma editora alternativa), que lhe dará todo o apoio necessário para publicar e comercializar o seu livro. Mas isso tem um custo, que não é tão baixo. Outra dica importante para escritores iniciantes, assim como eu, é segurar a ansiedade. Depois de pronto o livro e já a venda nos sites das livrarias, não desanime se ele vender apenas alguns poucos exemplares nas primeiras semanas ou meses. As pessoas tem que começar a conhecer o seu trabalho. E para isso, as redes sociais, são ferramentas excelentes.

Quais são os seus projetos para o futuro?
Depois de mais de 23 anos, voltei a morar na minha cidade natal, Guaratinguetá, interior de SP, para assumir alguns negócios de família. Pretendo continuar neste trabalho, para manter meu sustento e da minha família e continuar escrevendo sempre. Agora que comecei escrever, pretendo não parar mais. Já tenho ideia para mais sete ou oito livros. Escrever e ler é tudo de bom!

O que pensa sobre o incentivo a cultura no Brasil?
Poderia ser muito melhor. Para o pequeno escritor, iniciante, que não tem nome difundido no mercado, é praticamente impossível. Tem que ter muito amor e dedicação aos livros mesmo. Iniciativas como a sua, Gabriella, de criar o blog Livros, Chocolate e Café, são fundamentais e altamente estimulantes para o escritor iniciante, tanto para ele pode divulgar o seu trabalho e também como fonte de ânimo, pois ele descobre que não está sozinho nesta jornada.

Como fazer as pessoas lerem mais?
Recentemente fiz esta divulgação na minha página pessoal do facebook: "Por que o brasileiro lê pouco? Porque não adquirimos o gosto pela leitura. Sempre lemos o que os outros nos determinam. Na adolescência, os livros que irão cair no vestibular. Na faculdade, os livros técnicos. Na vida adulta, continuamos a ler os livros técnicos da pós-graduação. Nada contra estes livros. Mas, não escolhemos nenhum deles para ler, todos foram impostos. Agora que eu escolho os livros que vou ler, quando vou ler, como vou ler, passei amar leitura" (Charles End).


Para saber mais sobre o escritor:
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