sexta-feira, 17 de novembro de 2017


Oi, leitores e leitoras! Vamos começar com as entrevistas?! SIM!!!

A entrevistada de hoje é Stefani Pinheiro Paludo




1. Quando você começou a escrever?
Stefani: Minha história com a escrita é um pouco diferente da maioria dos autores nacionais atuais. Eu comecei em blogs femininos. Escrevi em alguns no início da minha adolescência e logo depois resolvi criar uma página do Facebook também voltada ao público feminino. Lá, certa vez decidi criar uma novela para a página. Foi uma história de ficção adolescente não muito longa e bastante clichê, mas que fez sucesso. Escrevi uma segunda temporada e mais tarde uma nova novela. E foi assim que comecei a criar histórias.


2. De onde tira inspiração?
Stefani: De tudo. Músicas, livros, filmes, séries, cenas que eu vejo na rua, histórias reais que me contam, alguma situação que aconteceu comigo. Tudo pode se tornar inspiração. Tanto que é bem comum eu estar no banho, lavando a louça ou no ônibus e do nada uma ideia surgir.



3. Conte um pouco aos nossos leitores sobre seus livros.
Stefani: Eu tenho dois livros já escritos e estou concluindo o terceiro. O primeiro deles foi A Missão, uma distopia que se passa em um país fictício no futuro, localizado no meio da Floresta Amazônica, onde um grupo secreto e que trabalha diretamente como o governo decide tramar para tirá-los do poder e implantar uma democracia. Obviamente as coisas não são fáceis e eles sofrem um bocado para alcançar o objetivo.
Meu segundo livro foi um romance: Faz de Conta. Como o nome sugere é uma história fofa e de suspirar a cada parágrafo, com personagens apaixonantes e únicos. Ela foi inspirada em uma brincadeira de infância com a minha irmã e conta a história de Daniela e Alexandre. Ela é a princesa do reino, próxima sucessora do trono e ele um simples cavaleiro. Devido a alguns ataques ao reino, Daniela se vê obrigada a se casar para garantir seu trono e encontra em Alexandre o noivo perfeito. Ele já é seu conhecido e é um rapaz bacana, que não tentará nada que a moça não queira. Alexandre também precisa do dinheiro do dote de Dani para pagar um tratamento de saúde da mãe e garantir o dote da irmã mais nova. Com o casamento novos problemas surgem, mas também é a partir dele que os dois começam a se conhecer melhor e se apaixonar um pelo outro.
E o meu terceiro livro que estou concluído é baseado em um conto que escrevi. Ele também é uma distopia e conta a história de um mundo dividido em duas sociedades: a masculina e a feminina. A feminina é considerada superior e pode aproveitar a vida da forma que quiser. Já os homens são praticamente escravizados e trabalham para conseguir sobreviver. Tudo isso porque são considerados inferiores, irracionais e violentos se comparados a elas. É uma obra polêmica, que aborda a igualdade de gênero, as questões LGBT+, o poliamor e muito mais.
Além desses, tenho diversos contos em meu perfil. Alguns de ficção científica, ficção histórica, ficção geral e também outros mais divertidos.



4. O que faz parte do seu processo criativo? Como você escreve?
Stefani: Depende muito da história e do momento em que me encontro. Mas não costumo ter muitos “rituais criativos” ou coisas assim. Pros contos de ficção histórica, por exemplo, eu pesquiso o máximo de coisas que consigo antes de iniciar o conto. Faço um roteiro mais detalhado e olhando as anotações começo a escrever. As outras histórias já não exigem tanto e eu deixo a imaginação mais solta. Porém em livros maiores, antes de começar a escrever a história, faço ficha de personagens, planejo os 10 primeiros capítulos e aí sim escrevo. Também em Faz de Conta, por exemplo, eu tinha algumas músicas que me inspiravam e eram tema do casal principal. Eu costumava escutá-las antes de começar a escrever, todos os dias e assim já começava na vibe certa.



5. O que foi o “pontapé” inicial para começar seu primeiro livro?
Stefani: Eu queria ler uma história de um grupo secreto que aqui no Brasil quisesse acabar com o governo. Pesquisei por uma história nesses moldes e como não encontrei decidi que o jeito seria escrever eu mesma.



6. Tem alguma dica para escritores iniciantes?
Stefani: Eu ainda me considero uma iniciante, então é difícil dar dicas. Mas buscar se aprimorar e escrever sempre é essencial. Escreva tudo! De tudo mesmo. Não importa se não é seu gênero favorito. Arrisque-se. Só a prática leva a perfeição. Também estudar escrita criativa é importante. Ler é imprescindível para qualquer escritor. Divulgar também. E além de tudo isso ter paciência e não desistir. As coisas demoram, mas elas acontecem.



7. Quais são os seus projetos para o futuro?
Stefani: Como já comentei antes, pretendo terminar meu novo livro ainda esse ano e começar a publicá-lo no Wattpad no início de 2018. Também em 2018 pretendo me arriscar na Amazon, reescrever uma das minhas histórias e também lançar por lá. Além disso tô querendo escrever um Chicklit ou um Young Adult, mas ainda não sei exatamente como será.



8. O que pensa sobre o incentivo a cultura no Brasil?
Stefani: Nosso país ainda investe muito pouco nesse setor. Os livros são absurdamente caros, as peças de teatro, o ingresso do cinema também. As classes mais pobres não têm condição de gastar tanto com isso e acabam deixando essas coisas mais de lado. Precisamos de maiores incentivos nesses setores, redução de impostos, projetos de incentivo à cultura.



9. Como fazer as pessoas lerem mais?
Stefani: Mais uma vez acho que é necessário projetos de incentivo à leitura. E isso deve começar desde a infância e prosseguir pela adolescência e a vida adulta. Na escola é essencial que as crianças tenham a sua disposição livros do gosto delas. Não vale tentar fazer com que elas leiam os clássicos. É preciso que se encantem pelos best-sellers. Que leiam aquilo que gostem e com o tempo vão aprimorando seus gostos literários. Mais tarde também precisa prosseguir com isso. Diminuir o valor dos livros, incentivar o uso das bibliotecas e ter um acervo atualizado é essencial também.

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